Archive for setembro \30\+00:00 2008

It’s up to you!

Você pode escolher: ser teimoso ou ser feliz…???

 

By yourself

Não se pode ensinar o caminho.

É preciso que cada um tenha coragem para arriscar seus passos e construir, então, a própria estrada.

Para onde quer que você sonhe ir, primeiro é necessário compreender que serão os seus pés a caminhar sozinhos, sob a chuva ou sob o sol.

 

Irisz Agocs

Irisz Agocs

Cuidado, tinta fresca!

Enquanto tanta gente foge das mudanças, eu corro na direção delas. Mudar me dá a sensação de estar, de fato, viva. Mais que isso, me faz acreditar que a gente pode morrer e renascer muitas vezes, se quiser. Todo recomeço me parece milagroso. É como se Deus nos permitisse editar a vida de uma maneira mais agradável, deletar o que não presta, alinhar os passos mais pra esquerda ou mais pra direita, dependendo do caso. Cabe a nós saber quando é o momento de respirar novos ares, agarrar as oportunidades e fazer com que as mudanças aconteçam.

É por essas e por outras que hoje nasce esse blog…  Mais um começo, por que não?!

Minha rainha

Olho no espelho e vejo você. Não só nos traços do meu rosto, mas especialmente nos detalhes mais bonitos da minha essência, que é tua. Foram seus passos firmes que guiaram meus pés por essa estrada torta que é a vida. Foi sua alegria que fez desabrochar sorrisos na minha alma e sua força, que me encorajou a nunca desistir. Você emprestou fé aos meus dias mais tristes, disse as palavras certas que eu precisava tanto ouvir. Até os teus silêncios me confortaram. Foi teu o ombro que encontrei sempre que alguma coisa saiu errada, e lá eu pude derramar minhas lágrimas sem qualquer pudor. Seu colo sempre esteve pronto para me aninhar e, foi nele que eu descobri, que o dia seguinte poderia ser mais feliz. Você esteve comigo em todos os momentos, compartilhando o meu melhor e o meu pior. Foram seus os olhares mais piedosos que vi, quando em mim não havia nada senão dor. Foram suas as lágrimas cúmplices que partilharam comigo as alegrias mais puras, os detalhes mais singelos da minha existência. Hoje eu te procuro em mim e te encontro. Aqui dentro você mora e me lembra a cada instante que não estou só. E por tudo isso, eu tenho certeza de que não saberia te amar de outra maneira, que não essa… Desmedida, correnteza de rio carregando as águas. Queira Deus que nossos dias juntas sejam muitos, infinitos. Porque eu precisaria renascer para aprender a caminhar sem a tua sombra ao meu lado. Se eu não tiver tempo para retribuir tudo que você me deu nessa vida, espero ser capaz de dedicar aos meus filhos esse mesmo amor que você me mostrou existir. Um amor inteiro, que nada pede. Amor de mãe.

auto-retrato em palavras

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Ainda não estou pronta. A possibilidade de ir, aos poucos, ajustando uma coisinha aqui, outra ali, me tranqüiliza. Não carrego tantas certezas quanto gostaria, até porque descobri que na vida a gente tem que se jogar nas perguntas para, quem sabe, encontrar as respostas. O que é certo hoje, amanhã se evapora e é preciso coragem para querer ver a partir de um novo prisma. Já fui mais crédula do que sou agora. Perdi um pouco da fé no ser humano e passei a amar ainda mais os cachorros. Tinha muitos medos. Hoje em dia apenas uma coisa me assusta: a velocidade com que a vida corre e o tanto de coisas que eu gostaria de já ter feito e ainda não fiz. Por não saber existir de outra forma, preservo as memórias de tudo que vivo… Escrevendo, fotografando, filmando… A sensação de ter um registro do que foi vivido, é pra mim tão importante quanto ter, de fato, vivido. Sou uma pessoa cheia de lembranças. Aprecio as miudezas, o inusitado, o que pra todo mundo passa despercebido. Gosto de ler a vida nas entrelinhas. Já abri mão de insistir no que não funciona. Tornei-me prática à custa de muito tombo que levei. Sem rodeios. Ou é ou não é. Simples assim. Continuo acelerada, mas já consigo prestar atenção na paisagem. Dormir é algo que adoro fazer, mas ainda me parece uma tremenda perda de tempo. Desisti de ser o que não sou ou de tentar parecer o que as pessoas querem que eu seja. Quem quiser me amar… Às ordens! Aos demais, o meu singelo adeus. Hipocrisia continua me irritando! Tentei, juro que tentei, mas não aprendi a gostar do meio-termo. O equilíbrio eu encontro no MUITO. Sempre! E quando tá bom, tá MUITO bom, e eu não quero mais que acabe. 

a memória é o relicário da alma

Nessa tarde despretensiosa eu penso em você. Não com aquela saudade ardida de quem quer dar a vida por um encontro. Não. Penso em você como um ser querido que faz parte de mim e que carrega na alma um muito do que sou. Penso em como a gente teve sorte de se esbarrar nesse mundo tão cheio de desencontros. Penso em sonhos que não realizamos, mas não choro por eles. Os renovo, os reconstruo com a delicadeza de quem põe a mesa do café-da-manhã novamente, mesmo sabendo que no dia anterior ninguém quis se sentar. Permito que a vida me conceda uma nova chance. Aposto nisso, aliás. Penso em você com aquela saudade de quem experimentou ter por perto uma companhia boa, pra toda hora. Penso em você e sinto meu coração leve. Não há remorsos para tirar o sono, nem culpas para pesar na consciência. Penso em você sabendo que eu te quis e te amei e te apoiei e te avisei que daquele jeito não ia dar certo pra nós. Penso em você olhando os carros passando e fico imaginando em qual estrada você foi parar. Penso em você para exercitar um velho hábito e não permitir que a distância e o tempo, tão cruéis quando querem, te façam desaparecer de mim.

 

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drops

O barco afunda, porque tem que afundar. Pouco importa se a gente nem sequer procurou saber se havia colete salva-vidas. A vida é assim.

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Minha coragem saiu para um passeio e deixou um bilhete sobre a mesa. Não disse quando volta, apenas partiu. E eu fiquei aqui com o papel na mão e o vento frio na alma. O medo? Está ali, no sofá, guardando lugar pra coragem, caso ela resolva voltar.

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Nem sei se estou à procura, mas que seria bom encontrar, ah! seria…

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De que adianta tanta pressa quando não sabemos para onde estamos indo?!

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Eu queria poder recolher debaixo dos escombros aquele menina sonhadora que eu fui um dia. Mas não sei se consigo… Os anos se passaram e o peso agora parece muito maior do que meus braços podem suportar. E se boberar, ela nem está mais lá…

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Cada um escolhe a sua maneira de ser feliz e de sofrer.

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Frio. Vazio.
A paciência por um fio.
Do telefone…

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Músicas que me lembram momentos, que me lembram pessoas, que me lembram o tanto de vida que ainda preciso viver, para poder lembrar e lembrar e lembrar…

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“Amar é querer estar perto, se longe; e mais perto se perto.” (Vinícius de Moraes)

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Eu tenho pressa!

God bless you

É triste ver você perder o rumo, deixar a vida escorrer por entre os dedos sem saber o que fazer. É triste notar seu desalinho, seu descompasso, suas retinas perdidas procurando por algo que nem você consegue saber o que é, ou foi. É triste encontrar sua alma amargurada, seus sonhos despedaçados, seu futuro sem qualquer horizonte. É triste, porque não consigo mais amenizar a sua dor. Sei que sou parte dela, inclusive, mas pouco (ou nada) posso fazer pra te ajudar. É triste. De longe tento proteger você em preces que faço, em pensamentos que te mando telepaticamente, em pequenos gestos secretos que, de alguma forma, eu acredito que cheguem até você. Será que consigo? Não sei. Não sei. Mas essa é a única maneira que tenho para manter vivo o amor que sinto. O amor que a gente sabe que se transformou em coisa outra, e que nunca vai deixar de ser.

 

o amor em Si

Chega um momento em que aprendemos a nos enxergar com olhos menos exigentes, não tão severos, nem tão críticos. É o momento em que descobrimos, do lado de dentro, todas as maravilhas que temos; estas que antes adormeciam na nossa ignorância e na estranha incompreensão de nós mesmos.

Chega um momento em que já podemos fazer as pazes com nossos inimigos internos, aqueles que ninguém vê (nem mesmo nós), mas que nos infernizam por décadas. Chega um momento em que nos sentimos mais fortes, mais inteiros, mais parecidos com o que gostaríamos de ser. Somos capazes de jogar fora o ‘modelo’ que criamos um dia e no qual ficamos boa parte da vida tentando nos encaixar.

Chega um momento em que afrouxamos as cobranças e, naturalmente, os momentos de felicidade tornam-se mais reais.

Chega um momento em que experimentamos o amor de uma maneira total e incondicional, e o melhor de tudo: não precisamos de ninguém para receber ou nos dar esse sentimento, porque ele brota de nós, ali se aninha e aprende a morar.

Chega um momento em que tudo que vivemos no passado serve de bagagem para os próximos dias, mas nossos ombros já não sofrem com aquele peso insuportável; porque nos permitimos carregar apenas o que importa. A mochila segue cheia de recordações, aprendizados e experiência, enquanto as mazelas, as mágoas e as dores – que nos pareciam incuráveis – vão se esparramando pelo caminho feito poeira que o tempo depois dá conta de fazer desaparecer.

Chega um momento em que nos permitimos cometer erros, já sabendo que não serão os mesmos que anteriormente nos derrubaram. Nossa maturidade nos ajuda a ver com maior clareza as situações todas e começa a ser mais simples desfazer os nós que antes certamente nos paralisariam. Chega um momento em que tudo é silêncio, tudo é paz, tudo é um correr de dias, ora felizes, ora nem tanto, mas driblamos com maior traquejo os imprevistos e não nos abatemos por qualquer coisa.

Chega um momento em que o corpo é outro. Talvez mais magro, talvez mais musculoso, talvez diferente do que queríamos, tanto faz. De fato o corpo acaba sendo a resposta que temos para nossas escolhas, assim como todo o resto de nós. Chega um momento em que a cabeça também é outra, porque fizemos muito para isso acontecer e a recompensa finalmente chegou. Temos novas certezas, novas formas de ver as coisas, novos sonhos, novas ambições. Somos os mesmos, sem ser. A essência não se perde, mas nosso melhor se reconstrói. O pior de nós se transforma em algo que podemos aceitar com mais leveza, sabendo que não nos cabe a perfeição e, melhor então nem buscar por ela.

Chega um momento em que reconhecemos facilmente quem são as pessoas que merecem nosso esforço, nossa dedicação, nosso precioso tempo; seja para um passeio, para um café, para um telefonema ou e-mail.

Chega um momento em que Deus parece estar realmente caminhando ao nosso lado, carregando o lado mais pesado da caixa, protegendo-nos da chuva e dos trovões, cuidando para que nossos passos continuem sendo dados na estrada certa.

Chega um momento em que as perguntas se calam e nos interessamos mais em viver as respostas. Porque já é tempo de valorizar a vida, ser feliz e escrever como se deve a nossa história. Mesmo sabendo que isso nos custa sangrar, cair, levantar e começar tudo outra vez.

Chega um momento em que não há nada mais a dizer, tudo que queremos é abrir os braços, deixar o rosto ser acariciado pelo vento e quem sabe, uma lágrima escorrer sem qualquer vergonha.

Chega um momento. Chega sim. E pra mim chegou!